CRENÇA
NALDOVELHO A crença na liberdade me impulsiona e transforma o homem que cresce, ainda que preso à muitas escolhas. Por isto morro um pouco menos a cada outono e renasço um pouco mais por que me proponho. A crença na amplitude me impressiona e alonga os olhos que sondam, ainda que limitados à vida que me toma. Por isto morro um pouco menos a cada passo e renasço um pouco mais nas coisas que faço. A crença na eternidade me assusta e traz lembranças pesadas, estranhas, ainda que pense imortal a alma que sonha. Por isto morro um pouco menos a cada tropeço e renasço um pouco mais em meus recomeços. A crença na existência me emociona, inquietude, saudade, nostalgia, ainda que não consiga chorar como devia. Por isto morro um pouco menos a cada dilema e renasço um pouco mais a cada poema. A crença que tenho em Deus me questiona e no ciclo das águas descubro o mistério, ainda que tenha cometido tantos sacrilégios. Por isto morro um pouco menos sempre que eu possa, e renasço um pouco mais a cada resposta. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 11/05/2009
Alterado em 15/05/2009 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |