HEI DE MORRER JOVEM
NALDOVELHO Hei de morrer jovem, na flor dos nem sei quanto anos, com as costas arqueadas pelo peso de uma vida, e as pernas enfraquecidas por trilhas, atalhos, estradas. Hei de morrer jovem, na flor dos meus desenganos, com os olhos, assim, embaçados por conta do quanto enxerguei e a pele toda enrugada pelo muito que semeei. Hei de morrer certamente, ainda que permaneçam os espinhos, pois embora não te pareça, jovem ainda estarei! Pois esta foi minha escolha, meu rito sagrado, minha lei. Hei de morrer qualquer dia, antes que seja tarde! Mas só quando acabarem os poemas, e tomara Deus que docemente! Pois por mais que eu tenha pecado, Ele sabe o quanto eu amei. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 16/05/2009
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