DO UMBIGO ATÉ O PESCOÇO
NALDOVELHO Pelos poros das paredes brotam gotas de orvalho, pelas frestas da janela surgem luzes coloridas que derramam no assoalho toda a seiva desta vida. Pelas dobras pelos cantos, nascem lírios e begônias, samambaias deitam águas e alimentam os gerânios. e o colibri já fez seu ninho recheado dos meus sonhos. Lá no teto envolta em teias a aranha observa, que entre as teclas do piano crescem ervas, cogumelos, e o poeta alucinado, guardião dos desenganos. Lua cheia quando lambe do umbigo até o pescoço, faz o cabra ficar demente, vive de falar bobagens, não mais consegue se aprumar NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 16/05/2009
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