O QUE DEFENDES?
NALDOVELHO Defendo a compaixão no coração do homem e a fraternidade como moeda verdade, o entendimento como meta incessante e a caridade como luz no horizonte. Defendo mãos dadas e abraço apertado, nós desatados na imensidão dos meus sonhos e fios desembaraçados tecendo caminhos. Defendo rios, florestas, campinas, montanhas, planaltos e mares. Defendo o direito, não importa a escolha, e o caminho, não importa o destino. Defendo o alimento a matar toda a fome e águas jorrando, saciar toda a sede. Defendo a dor que redime o pecado no ventre daquela que nos doou seu carinho. Defendo o sangue que corre em nossas veias, não importa a raça, o credo ou o idioma. Defendo a possibilidade de desfazer o mal feito, transformando o inimigo num novo amigo. Defendo a esperança, a cura, a bonança, defendo a mão que semeia o trigo. Valei-me Deus! Um futuro melhor. Só não defendo o forte espoliando o mais fraco, nem a lâmina afiada derramando sangue. Só não defendo o ódio, o preconceito, e a ofensa a pessoas inocentes, injustas sentenças, arbitradas por quem quebrou seus espelhos, não consegue olhar em seus próprios olhos, não consegue perceber no que se transformou. E agora me responda: o que defendes? NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 21/05/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |