NO FUNDO DO MEU QUINTAL
NALDOVELHO Todos os dias ao entardecer, no fundo do meu quintal, de uma fonte de águas cristalinas, nasce lua menina. E nasce espremidinha, lua nova pequenina, e na medida que vai crescendo, vai também se ascendendo, até no céu poder se ver. Ah! Lua que eu tenho, que nem sabe o quanto o poeta gosta de você. E tem mais nascimentos na fonte: outro dia nasceu uma Iara de cabelos envolvidos em teias, nebulosas, estrelas formosas, olhos serenos em rosto pequeno, parecia mais uma princesa e roubou meu bem querer. Ah! Iara que eu sonho, que nem sabe o quanto dos meus versos foram dedicados a você. E é desta fonte de águas cristalinas que eu extraio o remédio pro tédio, pras dores dos desentranhamentos, pros vazios e pros constrangimentos que a danada desta vida costuma me ofertar. Ah! Fonte que eu tenho, que nem sabe quanta ternura eu costumo colher em você. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 22/05/2009
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