QUANDO MORRE UM POETA
NALDO VELHO Tributo aos poetas Nilton Alves e Marcio Carvalho e Reinaldo Sanches falecidos recentemente, e a poeta Marici Bross falecida no dia 24/11/2007 Um vento varreu entranhas, espalhou pela casa guardados, palavras, versos, poemas, imagens estranhas, loucura, cartas, retratos, recortes, folhas de papel manuscritas de um livro não terminado. Espalhou pétalas de rosa, é bem verdade, também espinhos, folhas secas, lembranças de outonos, e um frasco inteiro de perfume, espatifado no chão da sala impregnada pela essência dos sonhos que um ser poeta sonhou. O vento que varreu entranhas quebrou vidraças, espelhos e um porta-retrato com a sua imagem. Derrubou prateleiras e livros, espalhou pelo chão meus CD.s e minha coleção de pedras e de corujas. O vento que varreu entranhas, abriu portas, escancarou janelas, arrebentou samambaia chorona, destruiu renda portuguesa, derrubou gaiola de pássaro... Canário da terra aproveitou e voou! NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 22/05/2009
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