CARINHO BASTANTE AINDA É POUCO
NALDOVELHO UMA HOMENAGEM A POETA MINEIRA NANAMERIJ Carinho bastante ainda é pouco, para quem nas madrugadas insones, busca no orvalho da noite matar sua sede e saciar sua fome. Segredos transformados em versos, sonhos, lembranças, histórias, contrastes entre o mar e a terra, e o cheiro forte das águas que indecisas espreitam a cidade, quase inverno, maio, outono. Cortinas escondem seu corpo que em silêncio a tudo observa. Carinho bastante ainda é pouco para quem trouxe das Gerais o brilho das coisas cristalinas e o cheiro da fumaça do trem que nos trilhos já não passa. Por lá costuma ter muito pé de vento e um deles certamente te trouxe até aqui, só pra nos lembrar paciente o que das Gerais jorra em vertentes: muita poesia e magia e que é no interior dessa terra que bate um coração tão vibrante que mantém viva a esperança de que a inquietude que existe em teus versos é a medida certa e o remédio que vai nos curar as feridas e fazer que a ternura que existe soe em nós como se fosse uma toada, mistura de mato e fumaça. Carinho bastante ainda é pouco, Leopoldina, Recreio, Volta Grande, lá estão nossas raízes! E é pra lá, que um dia, vamos voltar. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 22/05/2009
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