ÁFRICA
NALDOVELHO Trilhas estranhas, histórias, tormentos, trevas, tropeços, portas trancadas, terras, fronteiras, cicatrizes expostas. É sina do homem crescer pela dor. Conflitos, abismos, batalhas, loucura, o cheiro de sangue, o medo, a tortura, na fúria da guerra a fome consome, em teu colo a criança, não chora, não come. Lágrimas não chovem, ressecadas as pétalas, caminhos incertos, agoniza o sonho. O rio minguou, o leite secou, olhos vidrados espelham a dor. Teias estranhas, nem sei o teu nome, só sei que és negra e padeces de fome. No berço do homem deserto de amor, morre a mingua o filho do Nosso Senhor. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 24/05/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |