CIDADE NUBLADA
NALDOVELHO Cidade nublada, madrugada tão fria, já faz algum tempo, não vejo o seu rosto, não sinto o seu corpo, não ouço a sua voz. Cidade trancada, o mês é outubro e a primavera chuvosa procura um caminho entre as ruas concretas poder florescer. Cidade truncada, também é poema e o nome é desterro, sobrenome escolha, algumas delas erradas! Lá mora a distância entre o tudo e o nada. Cidade fragmentada de tantos sonhos, saudades, de tantos outros poemas, de tantos cacos, pedaços, sentimentos cristalizados que ainda doem espetados no meu corpo e em meus guardados. Queria ser um bruxo, fazer voltar o tempo, ser um pé de vento, e assim ventar apressado, voar como um ser alado e ir pra junto de ti. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 24/05/2009
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