MINHA POESIA
NALDOVELHO Minha poesia é fruto de sumo ardido, e evidentemente consentido, cultivado no desassossego que habita as minhas entranhas. Minha poesia é colhida em tardes vazias e nos desencontros desta vida, e é a forma mais estranha que eu conheço de exorcizar meus ais. Minha poesia é visceral e tamanha, que ao ser parida me arranha, revela segredos guardados e restabelece no homem a paz. Minha poesia é vinho tinto e rascante, é do bagaço da uva, a aguardente, é urgência, é inconstância, é demência. Controvérsias que a vida nos traz. Minha poesia é tatuagem doída e querida, cicatriz que eu trago na mente, é o que me diferencia pela vida, é a benção herdada do Pai. Minha poesia é água que jorra da fonte e incessante, embriaga e alicia, e por paixão, envenena e vicia; é a coragem de querer sempre mais. Minha poesia é lágrima chorada pra dentro, e a palavra certa é nostalgia! É lua cheia em noite sedenta, é saudade que nunca se vai. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 26/05/2009
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