JÁ NEM SEI MAIS NAVEGAR
NALDOVELHO Corte em carne viva, sangra toda vez que eu toco e eu nem sei como evitar. Luz que alucina e invade o meu quarto, intrusa em meus sonhos. Veneno que vicia, tempestade e calmaria, já nem sei mais navegar. Se em tuas teias eu me acabo; quem sabe, então, a dor que eu sinto, seja o melhor remédio e cicatrizadas os cortes, eu pare de sangrar? Deixe-me dormir no abandono, retira do meu corpo tuas marcas, tuas garras, tuas farpas, e ainda que eu chore e te implore, não volte... Até que eu perca o medo de naufragar. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 26/05/2009
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