CIGANA
NALDOVELHO Cigana! Qual será o meu destino? Você que vem lá do Oriente e se mostra tal qual um rio... Onde está a trilha dos viajantes? Você que em seus braços abrigou tantos peregrinos e que como um oásis acolheu tanta gente sem destino, qual será o meu rumo, o meu norte? Você que se fez em tão belos versos, que traz o mel em palavras roucas, que sacode a poeira de minhas roupas, qual será o meu destino? Você que se diz viajante, verdade, mulher de muitos feitiços... Qual será deste poeta a sorte? Cigana, porque não revelas o segredo? Porque o disfarce, o mistério? Se quando eu olho em sua rosto vejo a verdade dos loucos e o poder de curar meus medos. Cigana, porque não revela o seu nome? E o nome daquele que me pôs no exílio, como um nômade e me condenou ao desterro? Cigana, porque não decifra meus sonhos? NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 26/05/2009
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