ESTRANHO
NALDOVELHO Estranho é o som de batidas na porta, e do outro lado ninguém. Corredor vazio, escadas sombrias, estiagem de sonhos, noites vazias de maio. Estranho é o tempo que avança, sem que se perceba, tão lentas as horas, que ainda assim deixam marcas, rugas, rastros, cansaço, conseqüências dos meus passos, e não há nada que se possa fazer. Estranho é o silêncio da madrugada, vidraça embaçada, ruas desertas, insônia insistente, e o sol aparece num céu de outono, com nuvens esparsas, prenúncio de frio, chuva, arrepio, e por estranho que seja, o sono resolveu aparecer. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 27/05/2009
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