LUZ MADRUGADEIRA
NALDOVELHO Eu vi uma luz madrugadeira a iluminar tua porta, era de um azul verdadeiro, que variava em muito matizes indecentemente felizes. E chamava pelo teu nome de anjo, pois ainda que caído e sem asas, ela o sabia pronunciar. Eu vi uma luz madrugadeira a iluminar tua porta, e era, assim, plena em fosforescência, a clamar por versos tortos; pedia que revelássemos seus sonhos, só para que voltasses a acreditar. Eu vi um menino sentado a beira da tua porta, trazia uma braçada de rosas, só, para te ofertar. Mostrava a todos o teu nome, dizia que eras a eleita, a sacerdotisa dos desenganos, alguém a quem deveríamos amar. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 29/05/2009
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