O JOGO DO PODER
NALDOVELHO Cartas abertas descortinam segredos, revelam enredos, alguns indecentes. A dama de copa seduziu o valete que de espada em punho assumiu o poder. O rei aturdido e em fuga ferido, da dama de espada foi se socorrer. O valete de ouro perdeu seu tesouro, do exílio reclama o direito ao seu trono e na calada da noite refaz os seus planos, quem sabe outro rei possa lhe favorecer? De longe os arcanos, a tudo, assistem, maiores que são na arte que existe e tramam e tramam, e nem sabem o porquê. O Eremita sentado, sabiamente ensina, e convence o louco a se proteger. A torre em ruínas não é mais segura, e o enforcado coitado, não tarda a morrer. E o diabo sorridente colhendo os frutos, cartas indecentes do jogo do poder. O mago inventa um paraíso distante e diz para o povo acreditar no consolo que um mundo melhor possa lhes conceder. Cartas abertas revelam perigos! Enamorados distantes vagam carentes e o mundo descrente assiste assustado ao povo faminto tomar o poder. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 29/05/2009
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