SAUDADE IMPERTINENTE
NALDOVELHO Uma doce fragrância invade-me o quarto e toma conta do ambiente. Coisa forte e envolvente a denunciar a sua presença. Estranho! Eu não consigo ver você! Fecho os olhos e busco perceber teus passos, teus gestos, o movimento do teu corpo, tua respiração. Escutar de novo a tua voz a dizer te amo ! Abro os olhos e ainda não consigo te ver. Rolo na cama, inquieto, insone, acendo um cigarro... Ainda sinto o calor do teu corpo, a maciez da tua pele, o teu toque... E esta saudade impertinente que insiste em não ir embora. Queria saber onde estás, queria o teu endereço, o teu telefone, queria gritar teu nome! Melhor acender outro cigarro, melhor abrir a janela, deixar o ar entrar que é pra arejar o ambiente. Já é madrugada, é tarde... daqui a pouco o relógio me chama, a cidade desperta, o dia acorda... Já é hora de ir trabalhar. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 31/05/2009
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