COISA MAIS SEM GRAÇA
NALDOVELHO Quantas coisas loucas, sufocando o pranto, lua espremidinha, coisa mais sem graça, abro a janela, noites de setembro, flor de abandono, faço um poema, falo de saudades, falo de você. É um tal de faz de conta dentro do meu quarto, vou abrir a porta, coisa mais sem graça, noite de inverno, corredor deserto, sinto o seu cheiro, e sinto o tempo inteiro, já nem sei dar conta, preciso esquecer. Nostalgia quando bate arde no meu peito e este é um defeito, coisa mais sem graça, chuva insistente, por fora e por dentro, e se eu bem me lembro, flor da madrugada quando nasce apronta, e eu quero amanhecer. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 31/05/2009
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