A POESIA NÃO MORRE
NALDOVELHO Dias lentos, sonolentos, nada que nos acene, desmaiadas as cores que existem no firmamento. Dias pobres, calmaria, onde a paixão e a poesia mostram-se apáticas, mornas, estáticas. Dias tolos, ocos, onde sequer um esboço mostra-se disposto a materializar-nos o esforço. Melhor tirar da janela a trava, e colocar no parapeito um cata-vento. Melhor provocar a palavra, mesmo a custa de desentranhamento. Melhor gritar o teu nome, mesmo que seja pra dentro. Quem sabe a saudade volte e traga dor de destrambelhamento? Quem sabe a poesia acorde? Pois ainda que não concordes, ela resiste e não morre, daqui a pouco esquenta e explode. É ver para crer! NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 31/05/2009
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