E DAS GERAIS SURGE UM CANTO
NALDOVELHO Não há limites para o que o poema pretende, pois ao debruçar-me em versos, descortino segredos, ultrapasso barreiras, longínquas fronteiras, revelo meus medos, inquietudes, incertezas, dissolvo espessas nuvens, tempestades sombrias e ainda assim, continua doendo, continua ardendo, e a pele ainda sangra, custa a cicatrizar. Ainda bem que lá nos longes, quase chegando ao horizonte, mora um poema rebelde que escrito de forma tão terna quebra em mim o feitiço, desfaz o quebranto que emperra e me dá forças para continuar a trilhar caminhos em desalinho, estreitas e acidentadas ruelas, madrugadas solitárias de esperas, por tudo aquilo que um novo dia possa revelar. Ainda bem que das Gerais surge um canto, um grito de amor e acalanto que a alma do poeta acalma, que me faz viajar em sonhos e acreditar na magia que um dia eu possa colher. Ainda bem que existe a poesia que seca as lágrimas que eu choro, cicatriza em meu corpo os cortes e que mostra que sempre valerá a pena escrever muitos poemas. Se bons ou não, não importa! Mantenho sempre aberta a porta, acreditando no que a vida possa me ofertar. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 01/06/2009
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