FEITIÇO DE AMOR
NALDOVELHO É quando sem pedir licença invades meu quarto e o toma de assalto, como se fosse uma tigresa, para depois, silenciosamente, escravizar meu ser. É quando ficas, assim, em minhas entranhas, como quem quer revelar segredos, mistérios, feitiços... E aí, eu me vejo envolvido de um jeito, que não dá mais pra ser desfeito e nem adianta reclamar. E quando é noite de inverno és tu, lua em quarto crescente que queima como aguardente, e não dá para esquecer teu olhar. Se amanhece e chove tão frio, se a música provoca a poesia, teu colo, teu cheiro, teu desejo, coisa difícil de desentranhar. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 05/06/2009
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