MIRAGEM
NALDOVELHO A água que brota do teu corpo, é como a maldita cachaça: embriaga, envenena, mas não consigo deixar. O fogo que queima o meu corpo já faz parte da minha vida, arde, consome, me leva ao delírio. Enlouqueço na ausência dessa dor. Levanto da cama, vou até a janela, acendo um cigarro, aspiro a fumaça, esbarro na vidraça, volto pra cama, pros teus braços, e escondido em teu colo, me embaraço em teus cabelos, desesperam-me os teus apelo e eu não consigo pensar. Depois, vais embora, entristeço-me na tua ausência, faz-me pensar que és miragem, difícil de alcançar. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 05/06/2009
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