NALDOVELHO

POESIA É ATO DE CORAGEM

Textos

O POUCO QUE NOS RESTOU
NALDOVELHO

Pétalas pálidas,
descoradas, descontentes,
folhas desnutridas,
desmaiadas, quase sem vida...
Espinhos ressecados,
ainda ferem o inocente.
Um jardim tão mal cuidado,
o jardineiro se fez ausente;
ervas daninhas dominam o ambiente...
O amor que tu me tinhas,
hoje é morto, se acabou.
Casa assobradada,
janelas e portas trancadas,
um velho balanço, enferrujado,
range os dentes.
Nada que eu faça ou tente,
resgata o meu passado,
memórias reticentes;
foi o pouco que restou.
Velho casarão,
abandonado no passado,
rua arborizada
que o tempo preservou.
Nas esquinas conversa miúda,
sem eira nem beira,
Já não somos os mesmos,
muito pouco nos restou

NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 06/06/2009
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