NALDOVELHO

POESIA É ATO DE CORAGEM

Textos

FORASTEIRO
NALDOVELHO

Passei a noite à procura de um rumo,
um caminho, uma porta,
mesmo estreita, não importa,
onde eu possa penetrar.

Por um descuido me perdi nesta cidade,
já nem sei mais meu do meu tino,
sinto falta de um ninho
onde eu possa descansar.

Por mais que doe lembro bem da tua boca
a alimentar a minha boca,
já nem sei mais o teu nome,
já nem posso te chamar.

Em minhas malas tantas coisas preciosas,
muitos sonhos, pouca roupa,
madrugada corre solta
e o sol já vai chegar.

Quem sabe então a luz do dia ilumine
e as pessoas que se importam
possam então abrir as portas,
para que eu possa me encontrar?

Queria tanto conhecer esta cidade
e as pessoas que aqui moram,
consolar todos que choram
e não conseguem se lançar.

Para trilhar outros caminhos,
eu preciso me perder.
Para encontrar outros carinhos,
eu preciso estar disposto,
eu preciso compreender
que somos todos forasteiros
a procura de um lar.

E que é preciso ter cuidado,
não importa o que se faça,
todo rumo é certo e errado
e é rotina do destino
se perder e se achar.

Não adianta desistir,
para deixar a luz entrar,
é preciso abrir a porta,
é preciso acreditar!

NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 08/06/2009
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